Dino fechou leitos que poderiam ser usados contra a covid19


Quando assumiu, governador tinha à sua disposição hospitais em funcionamento ou em fase final de construção em vários municípios que agora sofrem a ameaça da pandemia de coronavírus; boa parte destas unidades está fechada, com obras paradas ou foram descontinuadas ao longo destes cinco anos

 

Hospitais como este, em Barra do Corda, ainda estavam assim em 2018, quatro anos depois de Flávio Dino assumir o governo do Maranhão

 

Editorial

Flávio Dino (PCdoB) assumiu o mandato de governador em 1º de janeiro de 2015.

Na época, o Maranhão tinha disponíveis nada menos que 332 leitos de UTI em todo o estado, segundo dados oficiais da própria Secretaria de Saúde da época. (Entenda aqui)

Foram 96 recuperados e outros 236 criados na gestão Roseana Sarney (MDB).

Além disso, Flávio Dino recebeu recebeu mais 86 leitos com equipamentos já comprados e prontos para serem instalados nos então novos hospitais macrorregionais.

Em 2012, o então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, constatou a excelência do atendimento nas UPAs maranhenses

Para se ter ideia, até as UPAs dispunham de “UTI de curta duração em suas salas vermelhas”, num total de 55 leitos, comprovando a excelência do sistema público de saúde maranhense até 2014. (Relembre aqui, aqui, aqui e também aqui)

Flávio Dino fechou ou simplesmente descontinuou todo esse sistema no interior. (Entenda aqui)

Para começar, foram fechados em quatro anos 15 hospitais de 20 leitos – que se espalhavam por municípios de todo o estado. 

Os chamados macrorregionais estão sucateados, sem estrutura para atender demandas como a da coVID-19, que já é difícil até mesmo na Grande São Luís.

Pelo menos 15 hospitais de 20 leitos, como este, foram encerrados por Flávio Dino ao longo dos seus quatro anos de mandato

Outras unidades, como as de Viana e Pedreiras, por exemplo, estão prontas, mas sem funcionamento por que nunca foram inauguradas. (Reveja aqui) 

Em dezembro de 2016, o blog Marco Aurélio D’Eça publicou o post “A falência das UPAs no governo comunista de Flávio Dino…”, linkando dois outros posts que mostravam a realidade daquelas unidades dois anos depois da posse do governador. 

Já recentemente, em setembro de 2019 – poucos meses antes do início da pandemia – o deputado César Pires (PV) denunciava na Assembleia o “desmonte do sistema de saúde no Maranhão”.  

Diante desta realidade, é de se esperar um colapso no interior do estado com o alastramento do coronavírus, que já atingiu 85% dos municípios, alguns sem a mínima estrutura para atendimento em massa.

É cada vez maior o risco de uma procissão de ambulâncias do interior maranhense em direção a São Luís por atendimento à coVID-19

blog Marco Aurélio D’Eça tem repetido há alguns dias a expressão “Procissão de Ambulâncias”  – lembrando um chavão do ex-governador Jackson Lago (PDT) – para alertar sobre o risco de descontrole da pandemia.

E qual o risco?

Cidades desestruturadas encaminhando pacientes em massa para São Luís, já em colapso pelo atendimento sistêmico de infectados pela coVID-19.

E tudo isso poderia ser evitado por Flávio Dino…

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