Candidatura de Flávio Dino é vulnerável e só se sustenta pelo artifício anti-Sarney
Flávio Dino é uma liderança quase neófita na política. Só teve um mandato de deputado federal, tentou ser prefeito, em 2008, e perdeu a eleição no segundo turno. Tentou ser governador do Maranhão, mas foi derrotado nas eleições de 2010, no primeiro turno. O que explicaria, então, a preferência do eleitorado por ele neste pleito?
Desprovido de carisma ou de uma contribuição consistente como político, o comunista é antipático acima do limite recomendado, em suas aparições públicas. Quando sorri, parece cínico. Quando está sério, apresenta-se mais enfezado do que circunspecto.
Qualquer pesquisa qualitativa de fundo de quintal é capaz de detectar os motivos não objetivos que o fazem ter a maioria dos votos do eleitorado maranhense – embora já tenha caído do patamar de 50% a algum tempo.
O voto não é exatamente em Flávio Dino. O eleitor está votando em uma aposta arriscada de mudança – igual a que, há quase dois anos em São Luís, trouxe muitos prejuízos à população. Seu lastro de preferência é extremamente vulnerável. Não é à toa que, há 12 dias da eleição, o números de votos brancos, nulos e indecisos chega ao exorbitante percentual de 24%
Desde que perdeu a eleição para Roseana Sarney, em 2010, ele sustenta sua campanha no discurso fácil contra o grupo Sarney. Pouca gente sabe, mas, em 2008, ele solicitou uma audiência com o ex-presidente da República para tomar as bênçãos e pedir apoio nas eleições municipais contra João Castelo.
Mesmo tendo entrado na política por obra de convênios eleitoreiros do arqui-inimigo de Sarney, o ex-governador Zé Reinaldo Tavares, Dino não teve nenhum pudor em solicitar apoio do senador. A ambição desmedida do comunista estava começando a alçar seus primeiros voos.
Para Dino, nada mais importa quando se trata de aspirar ao poder pelo poder. Uma prova emblemática disto é a aliança recente com João Castelo, a quem ele tentou até cassar o mandato de prefeito, na Justiça Eleitoral. O chamam de “pragmatismo política” tem outros nomes, bem menos nobres.
Os jovens que obedecem ao Comando de Comunicação Comunista são apenas manipulados para protestar contra os adversários de Dino e, assim, servir aos interesses e ambições eleitoreiras do candidato.
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