Condenação do pai pelo TCU coloca Rubens Pereira Júnior na vala de filhos de oligarcas corruptos


A condenação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e encaminhamento do nome do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Matões, Rubens Pereira e Silva, o Rubão, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), colocou o tagarela deputado estadual de oposição, Rubens Pereira Júnior (PCdoB), seu filho, na vala comum dos filhotes de oligarcas tornados ficha suja pela Justiça, por comprovada prática de corrupção em seus feudos.
Nessa terça-feira (24), cumprindo o que já vinha alertando desde fevereiro deste ano, o presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, entregou ao ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, uma lista com 6.500 nomes de gestores e ex-gestores que tiveram suas contas sumariamente reprovas pelo Pleno do tribunal, impedindo a todos de exercer qualquer cargo público – seja por eleição, nomeação ou contratação – em todo o país, por um período de até oito anos, além de terem seus nomes automaticamente incluídos na Rede de Controle e da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Enccla).
De acordo com a Lista de Condenados pelo TCU, Rubão se tornou ficha suja – e por isso inelegível – devido à condenações em pelo menos três processos: 002.379/2004-9, 015.593/2005-4 e 015.948/2005-0.
 O deputado comunista Rubens Pereira Júnior, ao lado do pré-candidato pelo PCdoB ao governo estadual, Flávio Dino, e observado ao fundo pela sua inspiração na política, o pai ficha suja Rubens Pereira, o Rubão.
… PEIXE É O deputado comunista Rubens Pereira Júnior, ao lado do pré-candidato pelo PCdoB ao governo estadual, Flávio Dino, e observado ao fundo pela sua inspiração na política, o pai ficha suja Rubens Pereira, o Rubão. Foto: Felipe Klamt / Agência Klamt
O pai do deputado de oposição já é conhecido da Justiça por outras tramoias, principalmente pela ocorrida em 2011, quando empregou na Prefeitura de Matões a dona de casa Aura Valésia Matos, sem que ela soubesse. Descoberta a façanha, o ficha suja alegou que tudo não passava de perseguição política, e que o salário da funcionária fantasma era na verdade de apenas R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais) e não R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais), como foi amplamente divulgado na época.
Filho de peixe, o sangue de práticas de corrupção também corre nas veias de Rubens Pereira Júnior. O Atual7 apurou que, em 2010, o comunista sofreu duas representações na Justiça Eleitoral por parte do Ministério Público, que pediu a cassação de seu mandato por prática do famoso ‘caixa 2′ quatro anos antes, em 2006, quando entrou na política em substituição ao seu pai, que juntou à coleção de condenações a suspensão de seus direitos políticos por cinco anos, além da devolução de quase R$ 800 que desviou dos cofres públicos do município de Matões, por meio de convênios fraudulentos com associações, especialmente na área de eletrificação rural.
Juntamente com a mãe, Suely Torres, também usual utilizadora de funcionárias fantasmas na Prefeitura de Matões, o jovem deputado sonha agora com voos mais altos, e entrou na disputa por uma cadeira na Câmara Federal, agora em outubro próximo. Como o Clã Pereira é hoje um dos principais pontos de apoio ao projeto de eleição do pré-candidato pelo PCdoB ao governo estadual, Flávio Dino, Rubens Júnior tem usado de artimanhas nada republicanas para tomar lideranças antes fechadas com quem ele, fora dos bastidores, se diz aliado. O solidário deputado federal e candidato à reeleição, Simplício Araújo, que o diga.

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