EDIVALDO HOLANDA JR É A MUDANÇA, PARA PIOR
O cenário político do Maranhão é definido em três palavras: previsibilidade, decepção e dúvida.
O governo Roseana Sarney (PMDB) sempre foi previsível. Todo mundo sabe o que vai acontecer: nada, além da propaganda.
A única alteração dos sucessivos governos Sarney foi o aumento da fortuna familiar da oligarquia.
Se Lobo Edinho (PMDB) ganhar a eleição de governador, o efeito será o Maranhão com uma passagem de só de ida para o inferno.
A decepção fica por conta do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC). Ele conseguiu algo impensável: piorar a "gestão" do ex-prefeito João Castelo (PSDB).
Da Vila Apaco ao Renascença, São Luís é a imagem da barbárie.
Filho de Edivaldo Holanda (PTC), o prefeito tem como vice Roberto Rocha (PSB), filho do ex-governador Luiz Rocha, já falecido, mas aliado de José Sarney nos bons tempos da ditadura militar.
Nascidos e criados dentro dos palácios, de família rica e vida fácil, o prefeito e o seu vice tratam a cidade como um brinquedo, desse tipo que o pai dá de presente e eles quebram, porque logo depois ganham outros facilmente, quantas vezes quiserem.
Somadas as gerações dos pais, do prefeito e do vice, eles se beneficiaram da oligarquia Sarney, da libertação de Jackson Lago (PDT) e estão na boleia do caminhão da mudança prometida para 2014.
A dúvida é Flavio Dino (PCdoB), que vai reunir no seu palanque o atual prefeito, o antigo e vários novos e velhos aliados e dissidentes da oligarquia Sarney e do governo Jackson Lago.
Dino lidera as pesquisas com folga. Dificilmente perde a eleição. Caso seja vitorioso, só poderá ser julgado após o primeiro ano de mandato, quando é razoável fazer um balanço de qualquer gestão.
No Maranhão, o discurso da mudança é antigo, desde os tempos do governador Benedito Leite e bem antes dele.
Sempre aparece alguém que vai libertar, mudar, transformar. Roseana Sarney já disse, desde 1994, que vai fazer uma “revolução na educação”. Depois, mudou o bordão: “gerar milhares de empregos”.
No fim da carreira política ela disse que ia fazer “o melhor governo” de toda a sua vida. É uma lástima.
Edivaldo Holanda Junior era uma esperança, aquela que nunca morre. Até o fim do mandato será julgado outras vezes, mas deve ser reeleito com tranquilidade.
Basta pintar os meios-fios quebrados de cal e tapar uns buracos. Cal e asfalto têm efeito mágico nas eleições do Maranhão.
Por enquanto, a mudança foi para pior.
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